A QUEDA DO HOMEM
O RESULTADO
Como resultado, “abriram-se,
então, os olhos de ambos; e, percebendo que estavam nus, coseram folhas de
figueira e fizeram cintas pra si” (v. 7).
Até ali, o homem
dependia de Deus, confiava Nele cegamente, pois Ele era tudo para o homem. Mas,
ao comer daquela árvore, ela o fez conhecer do bem e do mal, por isso seus
olhos se abriram. E desde aquele momento, o homem está por sua própria conta,
pois fez esta opção: rejeitou Deus como a fonte de todas as suas ações, ou
seja, chamou pra si a responsabilidade de ter de julgar o certo e o errado.
O problema principal
da queda do homem não é o pecado, como muitos pensam, mas sim a rejeição a Deus
como fonte e provisão de todas as nossas ações. Isso obrigou o homem a viver
por sua própria capacidade, sendo responsável pela escolha, execução e conseqüência
de seus atos.
Quando perceberam que
estavam nus, cobriram-se com folhas de figueira, algo muito frágil e provisório
diante de tamanho problema.
O homem caiu na armadilha, na cilada do diabo, pois,
assim que percebeu a capacidade de discernir o bem e o mal, ele tenta, por seu próprio
esforço, fazer o bem, fazer o certo, ajeitar uma situação, isto é, cobrir sua
vergonha com folhas de figueira. A Bíblia nos ensina que nossas justiças são como
trapo imundo: “Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como
trapo de imundícia; todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades,
como um vento, nos arrebatam” (Is 64:6).
SIMPLICIDADE E PUREZA
O homem foi criado
para receber Deus como vida. Por esse motivo o Senhor colocou no meio do jardim
a árvore da vida, que representa Deus como vida. Ele quer ser recebido por nós
como alimento. Todas as árvores que Deus plantara no Éden eram para alimento do
corpo do homem, mas a árvore da vida, que estava no meio do jardim, era para
alimento de seu espírito e de sua alma. No Evangelho de João, revela Jesus: “Eu
sou o pão da vida” (6:48) e “Quem crê em mim tem a vida eterna” (v. 47). E
ainda: “Eu sou o pão vivo que desceu do céus; se alguém dele comer, viverá
eternamente; e o pão que eu darei pela vida do mundo é a minha carne” (v. 51).
Ao crer em Jesus, o
homem recebe a vida de Deus e precisa continuamente se alimentar dela, para
crescer até a maturidade. Assim a vida divina será a fonte de nosso viver e
responsável por nossos caminhos. Essa vida fará a obra de Deus, pois é a única
capaz de realizar Sua vontade, e nos capacitará a reinar com Ele. Tão somente
ela requer do homem simplicidade e pureza com relação a Deus e obediência a
Suas palavras.
Não nos esqueçamos,
porém, que Satanás, com sua sagacidade, enganou Eva, conforme as palavras do
apóstolo Paulo aos coríntios: “Mas receio que, assim como a serpente enganou a
Eva com sua astúcia, assim também seja corrompida a vossa mente e se aparte da
simplicidade e pureza devidas a Cristo” (2 Co 11:3). O alvo do ataque do
inimigo de Deus é a mente. Quando ele a corrompe, nossa emoção e nossa vontade são
facilmente tomadas. A mente é enganada com a pseudocapacidade de julgar o bem e
o mal; ela fica fora do controle do espírito, autônoma e extremamente aguçada.
Como conseqüência, o
homem perde a simplicidade e a pureza que são devidas a Cristo. Nossa relação com
Ele deve ser sempre de confiança total e cega, sem nenhuma dúvida nem receio
com relação a Sua palavra. A tudo o que Ele disser, diremos simplesmente sim e
amém. Acontece que, com a queda, a mente perdeu a simplicidade e se aliou a
Satanás na disputa pela autoridade. Por isso o profeta Isaías, depois de
considerar nossas justiças como trapo de imundície, admite: “Já ninguém há que
invoque o teu nome...” (64:7). Nós, porém, não queremos nunca perder a
simplicidade, por isso invocamos continuamente o nome do Senhor com os de coração
puro e repelimos as questões insensatas e absurdas, que só engendram contendas
(2 Tm 2:22-23).
Fonte:
. A Genuína Autoridade & Submissão –
Dong Yu Lan
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