sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

A QUEDA DO HOMEM - O RESULTADO



A QUEDA DO HOMEM


O RESULTADO

Como resultado, “abriram-se, então, os olhos de ambos; e, percebendo que estavam nus, coseram folhas de figueira e fizeram cintas pra si” (v. 7).
Até ali, o homem dependia de Deus, confiava Nele cegamente, pois Ele era tudo para o homem. Mas, ao comer daquela árvore, ela o fez conhecer do bem e do mal, por isso seus olhos se abriram. E desde aquele momento, o homem está por sua própria conta, pois fez esta opção: rejeitou Deus como a fonte de todas as suas ações, ou seja, chamou pra si a responsabilidade de ter de julgar o certo e o errado.

O problema principal da queda do homem não é o pecado, como muitos pensam, mas sim a rejeição a Deus como fonte e provisão de todas as nossas ações. Isso obrigou o homem a viver por sua própria capacidade, sendo responsável pela escolha, execução e conseqüência de seus atos.
Quando perceberam que estavam nus, cobriram-se com folhas de figueira, algo muito frágil e provisório diante de tamanho problema.

O homem  caiu na armadilha, na cilada do diabo, pois, assim que percebeu a capacidade de discernir o bem e o mal, ele tenta, por seu próprio esforço, fazer o bem, fazer o certo, ajeitar uma situação, isto é, cobrir sua vergonha com folhas de figueira. A Bíblia nos ensina que nossas justiças são como trapo imundo: “Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo de imundícia; todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades, como um vento, nos arrebatam” (Is 64:6).


SIMPLICIDADE E PUREZA

O homem foi criado para receber Deus como vida. Por esse motivo o Senhor colocou no meio do jardim a árvore da vida, que representa Deus como vida. Ele quer ser recebido por nós como alimento. Todas as árvores que Deus plantara no Éden eram para alimento do corpo do homem, mas a árvore da vida, que estava no meio do jardim, era para alimento de seu espírito e de sua alma. No Evangelho de João, revela Jesus: “Eu sou o pão da vida” (6:48) e “Quem crê em mim tem a vida eterna” (v. 47). E ainda: “Eu sou o pão vivo que desceu do céus; se alguém dele comer, viverá eternamente; e o pão que eu darei pela vida do mundo é a minha carne” (v. 51).

Ao crer em Jesus, o homem recebe a vida de Deus e precisa continuamente se alimentar dela, para crescer até a maturidade. Assim a vida divina será a fonte de nosso viver e responsável por nossos caminhos. Essa vida fará a obra de Deus, pois é a única capaz de realizar Sua vontade, e nos capacitará a reinar com Ele. Tão somente ela requer do homem simplicidade e pureza com relação a Deus e obediência a Suas palavras.

Não nos esqueçamos, porém, que Satanás, com sua sagacidade, enganou Eva, conforme as palavras do apóstolo Paulo aos coríntios: “Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva com sua astúcia, assim também seja corrompida a vossa mente e se aparte da simplicidade e pureza devidas a Cristo” (2 Co 11:3). O alvo do ataque do inimigo de Deus é a mente. Quando ele a corrompe, nossa emoção e nossa vontade são facilmente tomadas. A mente é enganada com a pseudocapacidade de julgar o bem e o mal; ela fica fora do controle do espírito, autônoma e extremamente aguçada.

Como conseqüência, o homem perde a simplicidade e a pureza que são devidas a Cristo. Nossa relação com Ele deve ser sempre de confiança total e cega, sem nenhuma dúvida nem receio com relação a Sua palavra. A tudo o que Ele disser, diremos simplesmente sim e amém. Acontece que, com a queda, a mente perdeu a simplicidade e se aliou a Satanás na disputa pela autoridade. Por isso o profeta Isaías, depois de considerar nossas justiças como trapo de imundície, admite: “Já ninguém há que invoque o teu nome...” (64:7). Nós, porém, não queremos nunca perder a simplicidade, por isso invocamos continuamente o nome do Senhor com os de coração puro e repelimos as questões insensatas e absurdas, que só engendram contendas (2 Tm 2:22-23).

Fonte:
. A Genuína Autoridade & Submissão – Dong Yu Lan

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