segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

A ORAÇÃO: UM MISTÉRIO DIVINO



CAPITULO 3 – PARTE 1

O MISTÉRIO DA ORAÇÃO

Busquei entre eles um homem que tapasse o muro e se colocasse na brecha perante mim a favor desta terra, para que eu não a destruísse; mas a ninguém achei. Por isso eu derramei sobre eles a minha indignação, com o fogo do meu furor os consumi; fiz cair-lhes sobre a cabeça o castigo do seu procedimento, diz o Senhor Deus (Ez 22:30-31).

A ORAÇÃO: UM MISTÉRIO DIVINO

Ao leitor já ocorreu alguma vez a idéia de que o desígnio divino da oração na economia divina é um mistério fantasticamente enigmático? Por que deveria haver um sistema ou plano de oração, afinal de contas? Não é Deus todo-poderoso e auto-suficiente? Dar-se-ia o caso de Ele necessitar de qualquer ajuda fora de Si mesmo?
A auto-suficiência é um dos atributos de Deus. Necessita Deus de alguma coisa que o homem ou qualquer outra de Suas criaturas possa suprir? Não poderia Aquele que falou e os mundos vieram a existir, e que os sustenta pela mesma palavra, realizar Seus propósitos sem a ajuda do insignificante homem? Então por que Ele divisou o plano de oração? Por que, e como, Ele se tomou “dependente” da intercessão dos homens? Por que não pode Ele fazer nada no reino da redenção humana sem a cooperação humana da oração e da fé? Como foi que Ele se meteu nessa “enrascada”? Sendo Deus totalmente auto-suficiente – sendo Ele, por Sua vontade e palavra proferida, capaz de realizar qualquer fim concebido – por que Ele, arbitrariamente e sem consultar a nenhum outro ser ou inteligência ou vontade, não passa a proferir a palavra?

DEUS “DESAMPARADO” SEM O HOMEM

O mistério do desígnio da oração é ressaltada em Ezequiel 22:30-31. Durante uma época de apostasia nacional, Deus disse: “Busquei entre eles um homem que tapasse o muro e se colocasse na brecha perante mim a favor desta terra, para que eu não a destruísse; mas a ninguém achei. Por isso eu derramei sobre eles a minha indignação, com o fogo do meu furor os consumi; fiz cair-lhes sobre a cabeça o castigo do seu procedimento, diz o Senhor Deus.”

Vemos aqui Deus buscando evitar exercer o justo e merecido juízo. Ele, sim, Ele próprio, deseja ardentemente poupar a nação.
Mas por estranho que pareça, Ele está “desamparado” sem a ajuda de um homem, sem um intercessor. Se ninguém interceder, Deus não pode reter o juízo. Por que deveria Ele ser “dependente” das orações de um homem para defender a nação dos juízos que Ele próprio deseja reter? Deus é o Todo-poderoso e supremo Soberano do universo. Ele próprio é o Juiz de última instância, o Júri e a Autoridade Executiva que faz cumprir a lei. Ou não é? Se Ele ansiou reter o juízo contra Seu povo, se Ele anelou mostrar misericórdia, por que não exerceu Sua soberania suprema e assim procedeu, sem levar em conta as orações – ou a falta de orações – de um homem?
Mais ainda: visto que a vontade de Deus é suprema em todas as coisas, quando Ele deseja ou planeja certos propósitos divinos tais como a salvação de uma alma ou um reavivamento numa área específica, por que arbitrariamente, não passa sobre nossas cabeças e leva a cabo Sua vontade? Por que estabeleceu Ele um sistema que O fez “dependente” do homem? Não é este um mistério que nos deixa perplexos?

Fonte:
. Seu Destino é o Trono – Paul E. Billheimer

2 comentários:

  1. GOSTARIA QUE PUBLICASSEM A CONTINUAÇÃO DESTE CAPITULO, POIS ESTOU PROCURANDO O LIVRO E NÃO ENCONTRO, SE TIVEREM INFORMAÇÃO DE COMO ADQUIRIR, FICO MUITO AGRADECIDO, ABRAÇOS LUIZ CARLOS ESTEFANES

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  2. Caro Luiz, Paz de Cristo. Iremos continuar a publicar esta edição.

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