Edição 4 – Semana 4 – Ano 2012 – Quarta Sagrada – 31/10/12
O Padrão do Viver dos que Reinarão com
Cristo (1)
"Bem-aventurados os humildes de
espírito, porque deles é o reino dos céus" (Mateus 5:3)
Como vimos ontem, o
Senhor possui um elevado padrão para aqueles que reinarão com Ele na era
vindoura. Esse padrão está descrito em Mateus 5, 6 e 7. Em Mateus 5 vemos que o
Senhor subiu ao monte e passou a ensinar os Seus discípulos. Essas palavras não
foram dirigidas às multidões, mas apenas aos Seus discípulos (Lucas 6:20). Era
como se Ele dissesse: “Um dia o reino dos céus irá se manifestar, e vocês
precisaram observar esses preceitos”. Vejamos , então, quais são esses
ensinamentos.
O Senhor iniciou
apresentando as nove bem-aventuranças. A primeira diz respeito à necessidade de
sermos humildes de espírito (Mt 5:3). Ser humilde de espírito, ou pobre em
espírito (lit.), significa que precisamos esvaziar nosso coração de todo
orgulho, soberba e tudo que possa ocupar o lugar de Deus.
Além das três partes
da alma (mente, vontade e emoção), o coração humano também é composto por uma
parte do espírito, a consciência. Por meio dessa ligação, o coração do homem
pode ser cheio de si mesmo ou da vida de Deus. Deus é Espírito, e somente em
nosso espírito podemos percebê-Lo e ouvi-Lo (Jo 4:24). Sozinha, a alma humana
não consegue contatar Deus. Por isso precisamos ser humildes de espírito,
negando a nós mesmos, para que nosso coração seja cheio da vida de Deus.
O reino dos céus será
entregue àqueles que negarem a vida da alma, esvaziando seu coração de todo
orgulho. Os humildes de espírito são como o trigo, que, quando cresce e
amadurece, frutifica e se “dobra”. Os orgulhosos de espírito são como joio, que
ao crescer, permanece “empinado”, “altivo”, mas sem fruto. O galardão e a
autoridade que receberemos no reino será proporcional a quanto negarmos a nós
mesmos hoje.
A segunda
bem-aventurança diz: “Bem-aventurados os
que choram, porque serão consolados” (Mt 5:4).
Quando olhamos para a
situação das pessoas no mundo, bem como para a condição degradada de muitos
cristãos, que estacionaram em sua busca espiritual, não devemos julgar,
tampouco condenar ninguém. Assim como Deus se entristece ao ver isso, nós
igualmente devemos chorar por essas pessoas, e clamar ao Senhor pela vida
delas. Se esse for nosso coração, o próprio Senhor nos consolará ao vermos Sua
grande salvação.
A terceira
bem-aventurança é atribuída aos mansos, pois herdarão a terra (v.5). A mansidão
é uma característica do amadurecimento. Não importa quão intensa sejam as
críticas ou ofensas que recebamos, precisamos ser mansos de coração.
Quando vemos as
dificuldades criadas pelo joio, muitas vezes queremos arrancá-lo. Mas o Senhor
nos ensina a mansidão e nos instrui a deixá-lo crescer junto com o trigo
(13:36-42).
A quarta
bem-aventurança é para os que têm fome e sede de justiça (5:6). Isso se
relaciona a cumprir toda a justiça de Deus. Precisamos ser como o Senhor Jesus,
que cumpriu toda a justiça de Deus, submetendo-se à vontade do Pai.
Por exemplo, quando
Jesus foi questionado por João Batista: “Eu é que preciso ser batizado por ti,
e tu vens a mim?”, Ele lhe respondeu: “Deixa por enquanto, porque, assim, nos
convém cumprir toda a justiça” (3:13-15).
Praticar a justiça
significa fazer a vontade de Deus.
Alguns podem pensar
que somente podemos ser justos se formos irrepreensíveis. Todavia, mesmo que
sejamos pecadores e cheios de falhas, quando nos arrependemos e fazemos o que
Deus determinou, somos considerados justos.
Essa é a vontade de
Deus para nós.
Ponto Chave: Esvasiar-nos de todo orgulho.
Fonte: Alimento Diário - Serie: O Ministério que Seguimos e
Praticamos
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