quinta-feira, 15 de novembro de 2012

CAPÍTULO 2 - O MINISTÉRIO DE PEDRO E O MINISTÉRIO DE PAULO – PARTE 1


Parte 6 – Semana 6 – Ano 2012 – Quinta Sublime – 15/11/12 – Livro: O Foco de Deus – Dong Yu Lan

CAPÍTULO 2
O MINISTÉRIO DE PEDRO E O MINISTÉRIO DE PAULO – PARTE 1


Conforme abordamos no capítulo anterior, o reino dos céus era o foco da pregação de João Batista, do próprio Senhor Jesus e de Seus discípulos (Mt 3:1-2; 4:17; At 8:12; 19:8; 20:25; 28:23, 31; 2Pe 1:11). Mesmo depois de sua morte e ressurreição – antes de ser elevado às alturas -, Jesus apareceu aos apóstolos e por quarenta dias lhes falou das coisas concernentes ao reino de Deus (At 1:3).

Voltamos a salientar que o objetivo principal de Deus é estabelecer Seu reino na terra, restaurando Sua autoridade por meio da igreja. Por esse motivo, quando o Senhor a revelou a Simão Pedro em Mateus 16:18, disse-lhe que as chaves do reino dos céus estariam com a igreja (v. 19). Em outras palavras, é a igreja que abre as portas do reino dos céus para os homens nele entrarem.

Abordaremos neste capítulo os ministérios de Pedro e Paulo. Para dar continuidade a Sua obra na terra, o Senhor Jesus levantou doze apóstolos, dentre os quais Pedro liderava. Por meio dele “a porta da igreja se abriu” para os judeus no dia do Pentecostes (At 2) e para os gentios na casa de Cornélio (At 10).


O ministério de Pedro

Não há duvidas de que Pedro liderou os doze apóstolos no intento de cumprir o ministério que o Senhor Jesus lhes incumbiu. No dia de Pentecostes, Pedro, levantou-se com os onze, revelou o item mais importante a ser praticado do Novo Testamento: invocar o nome do Senhor: “E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (At 2:21).
Naquele dia quase três mil pessoas invocaram o nome do Senhor e foram batizadas (vs. 37-38, 41).

A igreja em Jerusalém foi gerada em meio ao arrependimento, invocando o nome do Senhor. Isso se tornou a característica mais forte do ministério de Pedro com os onze apóstolos, que, ensinado e pregando, fizeram com que a palavra de Deus se espalhasse por todos os lugares e multiplicasse o número de discípulos. Toda essa expansão atraiu inimigos, que chegaram a matar Estêvão, um fiel servo de Deus, cheio do Espírito Santo (7:54-60). Saulo, ainda moço, foi quem cuidou das vestes daqueles que apedrejaram Estêvão, além de assolar a igreja em Jerusalém, encerrando no cárcere os que invocavam o nome de Jesus (26:9-11).

Levantou-se, então, grande perseguição contra a igreja em Jerusalém, e todos, exceto os apóstolos, foram dispersos pelas regiões da Judéia e Samaria (8:1). Os que foram dispersos iam por toda parte pregando a Palavra e levantaram várias igrejas na Judéia e Samaria, até chegar a Cesareia (vs. 4-40). Os apóstolos ficaram todos em Jerusalém. Assim, com medo das perseguições, já não se invocava o nome de Jesus. Em pouco tempo o ministério de Pedro com os doze enfraqueceu.

A esfera criada pela perseguição fez com que um considerável grupo de sacerdotes judeus que haviam crido (6:7) se fortalecesse na igreja, a ponto de surgir entre eles um partido considerado “da circuncisão”, que censurou Pedro quando este foi enviado pelo Espírito para pregar o evangelho aos gentios na casa do Cornélio (11:2-3). Esses “da circuncisão” desceram da Judéia até as igrejas dos gentios e ensinavam aos irmãos: “Se  não vos circuncidardes segundo o costume de Moisés, não podeis ser salvos” (15:1). Eles haviam crido e estavam na igreja, mas queriam manter os costumes ritualísticos do Antigo Testamento, já que pertenciam à seita dos fariseus: eram os judaizantes. Eles diziam a respeito dos que se convertiam: “É necessário circuncidá-los e determinar-lhes que observem a lei de Moisés” (v. 5).
Foi nessa esfera, totalmente oposta ao ministério inicial de Pedro, que Tiago acabou se fortalecendo mais do que os apóstolos. Quando Paulo, já em sua terceira viagem, foi a Jerusalém se encontrar com Tiago e com todos os presbíteros de Jerusalém, nenhum dos apóstolos foi mencionado (21:18).

A igreja em Jerusalém degradou-se fortemente com a introdução da prática da religião judaica. O inicio dessa degradação ocorreu quando deixaram de invocar o nome do Senhor Jesus: foi o fim da igreja em Jerusalém, a principal igreja do ministério de Pedro.        




Fonte: O Foco de Deus: O Reino, qual o seu? -  Dong Yu Lan

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