sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

ESMURRANDO O CORPO – PARTE 6


Parte 6 – Semana 6 – Ano 2012 – Sexta Santa – 14/12/12 – Livreto: Esmurrando o Corpo – W.Nee


ESMURRANDO O CORPO – PARTE 6


Leitura da Bíblia: 1 Co 9:23-27; 2 Co 11:27; 1 Co 3:11-13; Rm 8:11

Uma outra exigência do corpo é o conforto. Não ousamos achar erro num obreiro que desfrute de uma medida de comodidade quando as circuns­tâncias o permitem; no entanto, o que devemos lamentar, é da incapacidade do mesmo responder ao chamado do trabalho, por este não estar provi­do do conforto ao qual ele estava acostumado. Os servos do Senhor devem ser capazes de desfru­tar do relaxamento em condições mais fáceis, quando Ele assim ordena; e, aqueles que, apesar do fato de estarem confortavelmente situados, comumente esmurram o corpo, estarão mais capazes de se adaptar às circunstâncias de grande descon­forto do que aqueles cuja comodidade é inferior a daqueles, mas não têm se habituado a trazer a Deus, corpos à sujeição.

Em relação à vestimenta, não devemos dar indevida atenção. O Senhor Jesus, referindo-se a João Batista, disse que se alguém quisesse ver uma pessoa elegantemente vestida, nele não haveria ne­nhuma boa aparência; o lugar para ser visto era no palácio real. Alguns cristãos, contudo, têm estabelecido para si um padrão demasiadamente alto no que se refere à vestimenta, e insistem em sem­pre concordar com isto.
Asseguramos que o fato de vestirmos roupas de má aparência não signifi­ca que estamos glorificando ao Senhor; sim, de­vemos, quando possível, estar limpos, asseados e convenientemente vestidos; todavia, não devemos esquecer-nos do exemplo que nos foi dado por Paulo, o qual, por causa do Senhor, podia deixar que tudo lhe faltasse.
Relatando suas próprias experiências, ele escreve: "em fome e sede, em jejuns muitas ve­zes; em frio e nudez" (II Coríntios 11:21).

Em tempos de doenças ou fraquezas o corpo faz exigências mais severas do que antes, e sob tais circunstâncias, muitos obreiros cristãos se des­culpam de não poderem trabalhar. Como podia Paulo ter feito o trabalho que lhe foi confiado se tivesse hesitado ao se sentir incompetente? E, o que teria acontecido com o ministério de Timóteo, se ele tivesse tratado seu corpo com delicadeza, quando sofria de suas "freqüentes enfermidades"? É necessário que tomemos um cuidado razoável de nós mesmos, na doença e na saúde, mas isto não anula a necessidade de esmurrarmos o corpo e reduzi-lo à escravidão. Mesmo em ocasiões de doença e dor intensa, Se o Senhor assim o orde­na, podemos recusar a dar ouvidos aos seus cla­mores e obedecê-Lo. Se queremos ser úteis para Ele, é imperativo que ganhemos total senhorio so­bre este nosso corpo.
Este principio deve ser aplicado, tanto para o desejo sexual como também para todas as outras súplicas do corpo. Se somos servos de Cristo, então Sua obra deve ter prioridade sobre as demais cou­sas. Em I Coríntios 4:11-13, Paulo diz: "Até a presente hora sofremos fome, e sede, e nudez; e somos esbofeteados, e não temos morada certa, e nos afadigamos, trabalhando com as nossas pró­prias mãos. Quando somos injuriados, bendize­mos; quando perseguidos, suportamos; quando ca­luniados, procuramos conciliação: até agora temos chegado a ser considerados lixo do mundo, escó­ria de todos". É óbvio que os muitos sofrimentos de Paulo não foram resumidos a um período iso­lado de sua vida, e que nenhum deles conseguiu impedir o serviço para o seu Senhor. No sexto capítulo desta mesma epístola, do versículo 12 até o fim, ele refere-se a dois problemas — o proble­ma de alimento e o problema sexual; e deixa bem claro que somos servos do Senhor, não do corpo. Depois, no capítulo sete, ele trata do assunto se­xual com mais detalhes e no capítulo oito, do assunto de alimento, enfatizando o seu parecer de que não estamos sob a obrigação de fazer a von­tade da carne, pois pertencemos a Cristo e deve­mos servi-Lo. Por sua causa precisamos aprender a dizer "Não" para as nossas súplicas físicas, e te­remos que reforçar o nosso "Não" com tratamen­tos suficientemente drásticos, para que estabele­çamos o fato de que as rédeas estão nas nossas próprias mãos. O Senhor é o criador do corpo e Ele o criou com certos impulsos que são perfeita­mente corretos; contudo, Ele criou o corpo para ser nosso servo, não nosso senhor, e até que isto seja estabelecido, não poderemos servi-Lo como devemos.

Mesmo uma pessoa como Paulo temia que pu­desse sair da corrida, e perder o prêmio; portanto ele tomou a precaução de subjugar seu corpo através de constantes esmurros. E, o que podemos dizer do nosso Senhor, que se privou da mais alta glória e se pôs nas profundezas da ver­gonha e do sofrimento? Por amor d'Ele, não orde­naremos que este corpo nos sirva, para que assim, O sirvamos sem embaraços? Não lhe ordenaremos que seja forte na força de Sua vida ressurreta? Ele não tem dito; "Se habita em vós o Espírito da­quele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse mesmo que, ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos vivificará também os vossos corpos mor­tais, por meio do seu Espírito que em vós habita"?


Fonte:
.Esmurrando o Corpo - Watchman Nee

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