A GRANDE NECESSIDADE DE NEGAR O EGO
"Quanto ao mais, irmãos meus, alegrai-vos no Senhor. A mim, não me
desgosta e é segurança para vós outros que eu escreva as mesmas coisas” (Fp
3:1)
Quando recebemos essa
palavra sobre negar a vida da alma pela primeira vez, não sabíamos como
praticá-la. Com o passar do tempo, de tanto ouvi-la, pensamos que já negamos a
nós mesmos o suficiente e não percebemos quão terrível é o nosso ego. Não podemos
encarar essa palavra como se fosse apenas mais uma doutrina, mas devemos
reconhecer a grande necessidade que temos de negar a vida da alma; do
contrário, não estaremos aptos a governar com Cristo em Seu reino.
Embora alguns possam
achar desnecessário a repetição desse assunto. Deus ainda hoje vem nos falar da
urgência que temos em praticar essa palavra (Fp 3:1; 2Pe 1:12).
Na realidade, quando
negamos a nós mesmos, estamos praticando o principal item da vida da igreja:
esvaziar-nos do ego para a vida divina nos preencher. Essa revelação não provém
de elucidação humana, pois é o Espírito que nos tem indicado insistentemente o
caminho de tomar a cruz. Se ultimamente o Senhor tem nos falado diversas vezes
sobre isso, é porque precisamos ouvir e praticar, pois nossa vida da alma ainda
se manifesta repetidamente.
Em Mateus 17 vemos
que isso ocorreu com Pedro, quando estava com o Senhor Jesus no monte da transfiguração.
Naquela ocasião, Elias e Moisés conversavam com Jesus, quando Pedro teve a idéia
de armar três tendas: uma para cada um deles. Imediatamente, ouviu-se uma voz
nos céus, que dizia: “Este é o meu Filho amado. A ele ouvi” (v. 5).
O episódio ocorrido
com Pedro mostra o quanto a vida da alma, que se manifesta por meio de opiniões
e atitudes precipitadas, nos impede de ouvir somente o Senhor Jesus.
Ainda em Mateus 17
consta que a vida da alma de Pedro voltou a se manifestar. Quando os cobradores
de impostos lhe perguntaram se o Senhor pagava o tributo do templo, Pedro
falhou ao responder rapidamente à pergunta dizendo que Ele pagava. Assim que
entrou na casa, Jesus lhe perguntou se os impostos são cobrados dos filhos ou
dos estranhos, levando-o a perceber que, como Filho de Deus, estava isento do
imposto do templo. Como, porém, a vida da alma de Pedro já havia se
manifestado, ignorando a revelação recebida anteriormente, e respondido
precipitadamente aos cobradores de imposto uma afirmação contrária ao que já
lhe fora revelado, Jesus lhe ordenou que fosse pescar com anzol um peixe, em
cuja boca encontraria um estáter para pagar o tributo pelo Senhor e por ele
próprio (vs. 24-27).
Cremos que, nessa situação,
enquanto aguardava o peixe, Pedro se arrependeu de ter agido por seu impulso
natural.
Aprendamos a abrir mão
do que provém de nosso ser natural caído; se assim procedermos, a vida de Deus
encontrará espaço para crescer em nós. Caso contrário, a vida do Senhor será
para nós apenas teoria, e não prática.
Ponto-Chave: Ouvir somente o Senhor nos ajuda a praticar a Palavra
Fonte:
.Alimento Diário – Série: O Ministério
que Seguimos e Praticamos – Tema: A Revelação da Vida da Igreja.
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