sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

QUEM FOI LÚCIFER !!!


Semana 2 – Ano 2012 – Sexta Santa – 04/01/13 – Livro: A Genuína Autoridade & Submissão – Dong Yu Lan

CAPITULO 1 – PARTE 2
A REBELIÃO DE LÚCIFER

O PRIMEIRO MINISTRO

Prosseguindo com a leitura do capítulo 1 de Gênesis, temos: “A terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas”. Que aconteceu com a terra? Acabamos de dizer que ela foi criada por Deus de maneira maravilhosa e bela, mas em Gênesis se registra que ela se tornou sem forma e vazia, e ainda que havia trevas sobre a face do abismo. Algo muito sério ocorre universo, a ponto de desfigurar a terra.

O livro de Ezequiel ajuda-nos a desvendar o mistério. O capítulo 28 descreve um ser criado por Deus com perfeição, cheio de sabedoria e formosura: “Assim diz o Senhor Deus: Tu és o sinete da perfeição, cheio de sabedoria e formosura. Estavas no Éden, jardim de Deus; de todas as pedras preciosas te cobrias: o sárdio, o topázio, o diamante, o berilo, o ônix, o jaspe, a safira, o carbúnculo e a esmeralda; de ouro se te fizeram os engastes e os ornamentos; no dia em que fostes criado, foram eles preparados.
Tu eras querubim da guarda ungido, e te estabeleci; permanecias no monte santo de Deus, no brilho das pedras andava” (vs. 12-14). Associando esse texto ao de Isaías 14:12-15, podemos concluir que ambos se referem a Lúcifer, um líder entre os anjos.

As pedras preciosas representam dons e capacidades que Deus deu a esse querubim na criação. Como vimos, Ezequiel 28 diz que foi Deus quem o estabeleceu; ele era querubim da guarda e estava no Éden, jardim de Deus, no monte santo de Deus (vs. 13-14). Lúcifer foi criado na posição como de um príncipe, de um rei, para governar sobre o primeiro mundo criado por Deus. Ele foi, portanto, o primeiro ministro de Deus.


A QUEDA

“Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado até o dia que se achou iniqüidade em ti. Na multiplicação do teu comércio, se encheu o teu interior de violência, e pecaste; pelo que te lançarei, profanado, fora do monte de Deus e te farei perecer, ó querubin da guarda, em meio ao brilho das pedras. Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; lancei-te por terra” (Ez 28:15-17). Como entrou a iniqüidade em Lúcifer? Como se corrompeu?

A grandeza de Deus faz com que Ele não imponha nada sobre Suas criaturas; antes, Ele lhes dá o direito de livre escolha. Os anjos foram criados como ministros de Deus para servi-Lo (Hb 1:14).
São para cumprir Suas ordens. Enquanto prevalecer a autoridade de Deus no universo, a justiça e a paz serão mantidas, sem nenhum sinal de iniqüidade.

Quando Lúcifer – dotado por Deus de grande inteligência e sabedoria – se achou tão capaz a ponto de considerar que podia ser ele mesmo a fonte de suas ações, a iniqüidade entrou nele. Parece mesmo que, de início, sua intenção era boa: queria servir a Deus com suas aptidões, mas, pouco a pouco, tornou-se um poder paralelo ao do Criador.

No livro de Isaías se revela que a extrema capacidade e sabedoria do arcanjo levaram-no ao orgulho e exaltação. No texto a seguir, destaca-se bem o ego de Lúcifer: “Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações! Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte; subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo.
Contudo, serás precipitado para o reino dos mortos, no mais profundo do abismo” (14:12-15).

Até certo tempo, ele cumpriu fielmente a vontade de Deus, e Este o foi alçando de posição, que já era acima das estrelas de Deus, isto é, acima dos anjos. Ele subiu até tornar-se o principal entre os arcanjos. Num determinado momento, porém, seu ego sobreveio, contrapondo-se a Deus. Ali se manifestou que ambicionava posição igual à do Criador. A partir daí, a Bíblia o chama de Satanás, o adversário de Deus.

Com o surgimento de uma segunda fonte de autoridade no universo, a desordem e a confusão substituíram a harmonia, a justiça e a paz. Deus então o lançou à terra. Satanás corrompeu a terça parte dos anjos, que o seguiu em sua rebelião (Ap 12:4). Esses anjos são identificados como os principados e potestades, os dominadores deste mundo tenebroso, as forças espirituais do mal nas regiões celestes, descritos pelo apóstolo Paulo em sua carta aos efésios (6:12).

Na terra corromperam criaturas pré-adâmicas existentes na época, sobre as quais Lúcifer e seus anjos governavam, contaminado-as com sua rebelião e arrogância, e elas se tornaram os demônios, que são os espíritos imundos, os espíritos malignos (Lc 7:21; 8:2). Isso obrigou Deus a intervir com as águas de Seu juízo, resultando em uma terra sem forma e vazia, com trevas sobre a face do abismo.
Esse é o quadro desolador do resultado da rebelião de Satanás.


O VERDADEIRO MOTIVO DA QUEDA

É possível que a queda de Lúcifer não tenha sido repentina, mas algo gradual e lento que Deus foi suportando: “Tu dizias no teu coração...” (Is 14:13a).
Todo o processo pode ter sido longo, por Deus sempre dar oportunidades e usar de sua misericórdia, da qual Suas criaturas sempre se valeram. Ele deve ter servido a Deus com toda a sua fidelidade por muito tempo, ate que, pouco a pouco, por causa de sua extrema sabedoria e formosura, achou que podia agir por conta própria e ajudar Deus com sua capacidade. Sua alma, que antes Lhe era totalmente submissa, começou a fazer coisas a partir de si mesma, mas sem Deus. Antes nada fazia por si mesmo: a fonte de suas ações era Deus. Todavia, depois de tantas realizações bem-sucedidas, pensou ser sua própria capacidade a origem do sucesso.
Assim despertou o “eu”, o ego, como outra fonte de autoridade, além da de Deus. Sua alma já não era dependente de Deus, como quando fora criada, o que resultou numa vida autônoma, que expressava então seu ego.
A fim de se estabelecer como fonte autônoma de autoridade, Satanás precisou de uma base de razão e argumentação e, para conquistar seguidores, usou seu poder de convencimento e barganha: “Na multiplicação do teu comércio, se encheu o teu interior de violência, e pecaste; pelo que te lançarei, profanado, fora do monte de Deus e te farei perecer, ó querubim da guarda, em meio ao brilho das pedras” (Ez 28:16).

Fonte:
. A Genuína Autoridade & Submissão – Dong Yu Lan

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